O
MUNDO SEM INTERNET?
As
crianças e os adolescentes de hoje em dia não conseguem, se quer imaginar o
mundo sem a internet. Não que eles não tenham capacidade, mas não conseguem
porque não viveram em um mundo sem internet. A geração de seus pais e avós
talvez sejam uma espécie em extinção, pois, nasceram antes da década de 80
quando ainda não havia tido a explosão deste fenômeno mundial.
Se pararmos para pensar, veremos que todas as pessoas que
nasceram antes dos anos 80 tiveram este “precioso” privilégio, que de agora em
diante ninguém mais terá. Estas pessoas, e me incluo também, conheceram dois
mundos: o mundo antes e o mundo depois da internet!
No mundo antes da internet, sabíamos que qualquer
documento tinha que ser enviado pelo correio. As notícias chegavam pelo rádio,
TV ou jornal. Procuravamos o telefone de alguém na gigantesca lista telefônica
e o endereço no Guia de Ruas. Pesquisavamos qualquer tema de trabalho escolar
na respeitada Enciclopédia Barsa (também era muito respeitada a família que
possuísse uma na estante de sua sala). Enfim, o mundo era mais concreto e mais
lento e, óbviamente, isso tinha suas vantagens e desvantagens.
Até mesmo a noção de distância era outra, porque as
cartas demoravam para ir e custavam para voltar com as notícias de alguém
distante. Isso nos dava a noção do quão longe alguém estava. Até mesmo as
conversas eram mais longas e para encontrarmos alguém tínhamos que marcar hora
e lugar. As fotos eram reveladas e só então, podíamos ver o que havia sido
fotografado. Este mundo sem a internet virou história para contar aos jovens
que não o vivenciaram e por isso, não conseguem imaginá-lo.
Dificuldade semelhante também tivemos para imaginar o
mundo com a internet. E é surpreendente pensarmos que os motivos do seu
surgimento estavam bem longe desta verdadeira transformaçào mundial que
ocasionou. No final dos anos 50, os militares americanos começaram a utilizar
um meio informatizado para desenvolver projetos em conjunto e à distância. Em
1969 incluiram as universidades americanas e depois outras redes paralelas o
que promoveu o nome: internet (redes interligadas) capaz de se comunicar com qualquer
computador. Daí em diante, tudo mudou.
Surgiu
o grande “sábio” chamado Google, que nos responde o que quer que seja. O
Facebook nos permite encontrar alguém distante e nos surpreender com o fato de
que temos amigos em comum que nunca antes imaginávamos. O mundo ficou tão
pequeno e tão conectado! Talvez nunca antes tenhamos nos sentido tão
“interligados” como se estivéssemos numa grande “rede social”.
Esta
sensação de pertencimento a este mundo virtual tão pequeno é desconhecida pelas
antigas gerações. O que elas puderam testemunhar foi um mundo mais real e muito
grande. Assim como, é desconhecido para as gerações pós-internet todas estas
experiências não-virtuais. Mas de tudo, o que nunca pode desaparecer é o
intercâmbio de experiências entre as gerações. Contar histórias sempre foi uma
atividade que contribui muito para o desenvolvimento humano. E é através das
histórias, dos diálogos, do relacionamento com nossas crianças e adolescentes
que, vamos ensinando a realidade de um mundo que existe além da tela do
computador. (autor desconhecido).

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