quarta-feira, 7 de agosto de 2013


O Bicho
 
Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão
Não era um gato
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
(Manuel Bandeira)

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Sequência didática - Meu Primeiro beijo - Antonio Barreto

Trabalho desenvolvido em grupo. Encontro presencial.



Ativação de conhecimento de mundo

Apresentação de imagens, representando várias formas de carinho através do beijo.

O professor pergunta aos alunos, o que as imagens representam.

Inferências globais.

Localização de informações

Leitura compartilhada do texto.

Perguntas sobre os elementos da narrativa: personagens, enredo, espaço, tempo e foco narrativo.

Levantamento de vocabulário e uso do dicionário.

Dados sobre o autor.

Intertextualidade

O professor trabalhará a intertextualidade perguntando aos alunos sobre o que eles conhecem sobre outras obras cuja o tema seja o beijo; exemplos: músicas, poesias, filmes, etc.

 Apresentação da música Beijo, beijinho, beijão da turma da novela carrossel.

O depois da leitura

Produção oral: os alunos perguntam aos pais e familiares sobre a experiência de seu primeiro beijo.

Socialização sobre as experiências trazidas em classe.

Produção escrita: Produção de uma narrativa cujo tema é o primeiro beijo.

Discussão e apreciação do texto.

Um primeiro beijo - Letra da música

Um Primeiro Beijo Paula Toller Um primeiro beijo Se acontecesse Se a gente se encontrasse Como ia ser? Como saber? Antes de nos conhecer Quiçá beijar Pensar em beijo Pra confessar Nem ao menos sei seu nome Eu nem ao menos sei seu nome Mas foi só um sonho Sem o lado avesso De outros primeiros beijos Foi tão romântico Nós nos beijando no espelho Nós nos beijando Foi tão romântico De outros primeiros beijos Sem o avesso Mas foi só um sonho Eu nem ao menos sei seu nome Nem ao menos sei seu nome Pra confessar Pensar em beijo Quiçá beijar Antes de nos conhecer Como saber? Como ia ser? Se a gente se encontrasse Se acontecesse
Um primeiro beijo

Paula Toller - Um primeiro beijo

Meu Primeiro Beijo

A Situação de Aprendizagem realizada em meu encontro presencial do curso "Melhor Gestão Melhor Ensino", foi baseada no conto "Meu primeiro beijo". Gostaria de compartilha-la com todos os visitantes. Espero que possa ajudá-los assim como me ajudou. Abraços! Meu Primeiro Beijo Antonio Barreto É dificil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim... Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos: " Você é a glicose do meu metabolismo. Te amo muito! Paracelso" E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar. No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo: - Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida. Mas ele continuou: - Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos: - A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias... Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos. E de reperente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo. Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível! BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6 1)- LEITURA: Antes de iniciar a leitura do texto, os alunos ouvirão a música “Um primeiro beijo”, de Paula Toller. 2)- Após a audição da música, formar uma roda de conversa, onde serão discutidos assuntos relacionados ( primeiro beijo, primeiro namorado, primeiro amor...), com relatos de experiências. 3)- Leitura do texto “Meu primeiro beijo”, feita pelo professor; 4)- Reconhecimento do autor, citações de outras obras e biografia do mesmo; 5)-Gênero textual: Crônica - Falar das características da crônica; perguntar se alguém já leu alguma ; se gostaram...(conhecimento prévio do aluno) 6)- Falar sobre a música e a crônica, as semelhanças, as sensações causadas por ambas; 7)- Desenvolver aspectos da figura de linguagem; a estrutura da letra da música e da crônica; uso do dicionário; 8)- Trabalhar a intertextualidade - Mostrar o mesmo tema em diferentes gêneros textuais; 9)- Atividades: - Propor aos alunos que pesquisem o mesmo tema em outros gêneros: música, pintura, teatro, HQ, para socializar em outras aulas; -Propor aos alunos, montar uma pecinha de teatro sobre o tema estudado e apresentar para outras turmas; 10)- Avaliação: Produção textual - Nesta aula a professora poderá recapitular as características da crônica; - Apresentar outras crônicas; - Discutir um pouco sobre o tema, e ao final pedir que os alunos produzam sua própria crônica, que serão trocadas entre os pares e corrigidas por eles, sempre com a orientação da professora, e depois poderão ser expostas em murais para que atinjam seu objetivo ,que é o de ter leitores reais.

sábado, 8 de junho de 2013

Incentivo a leitura



Estou trabalhando leitura de livros com minhas salas. Neste momento, deixei os alunos escolherem livros de sua preferência, claro, para a faixa etária dos 12 anos. Expliquei da importância, do hábito de praticar a leitura. Está mais que provado, que as pessoas que tem esse hábito, falam melhor, escrevem melhor, possuem vários argumentos, enfim...só faz bem...estou bem emocionado, pois quase toda a totalidade das salas estão lendo, já apresentando os trabalhos e buscando outros livros na biblioteca. Por isso, colegas de profissão, mesmo com as novas tecnologias, não podemos de deixar de incentivar, compartilhar leituras. Como é bom contribuir, passar algo de bom, valores. É gratificante, com certeza.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

"Olhai os lírios do campo"

Que obra magnífica de Erico Verissimo, me emociono em falar deste livro, deixo como sugestão para os amigos que não leram ainda, a entrar no mundo de Eugênio e Olívia. Uma lição para a vida. Aqui um pequeno trecho, de uma das cartas de Olívia depois de sua morte para Eugênio.


"E quando o amor ao dinheiro, ao sucessos nos estiver deixando cegos, saibamos fazer pausas para olhar os lírios do campo e as aves do céu.”
Olhai os lírios do campo – Erico Verissimo.

Mestres: meus espelhos!!!!

Não sou professora apenas por não conseguir ser mais nada... não fui moldada, não sou um robô... Fui me descobrindo professora enquanto, sentada na carteira, admirava aqueles que me mostravam o conhecimento e me ajudavam a construí-lo. Fiz-me professora nos momentos de timidez, quando fugia das aulas de Educação Física para auxiliar as fascinantes professoras da Educação Infantil. Fui me redescobrindo professora nos momentos de dificuldades em sala de aula... durante as fases em que estive só, longe da família, por acreditar estar certa em minha escolha. Fui me construindo professora por meus alunos... por eles também me desconstruí inúmeras vezes, ao notar que precisavam de algo que nem sempre só a sala de aula poderia amparar. A cada momento em que me desfiz, trazia comigo cada pedacinho que me fez ser uma profissional da educação... E, com toda a certeza, sou feita dos retalhos de meus próprios professores! Obrigada por fazerem de mim o que sou!!!! (Aline Tosta)

A MENINA QUE ODIAVA LIVROS

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Como já disse anteriormente, sempre gostei de estudar, sou de uma família simples, porém, sempre recebi total incentivo na parte dos estudos. Meu pensamento era desta forma: não era só questão de gostar de estudar, era também honrar meus pais, dar essa alegria a ambos, pois materiais e livros eram mais difíceis adquíri-los a uns 20 anos atrás. Quanto a leitura, me recordo com lembranças muito positivas dos livros da série Vaga-lume, tais como "O Caso da borboleta Atíria" e "A ilha perdida" e dos grandes sucessos de Monteiro Lobato, como "Reinações de Narizinho" . Ler estas obras, deixou minha infância muito mais feliz, entrar nestes mundos era maravilhoso. Outras temas de mitologia grega também fizeram parte das minhas leituras. Como é bom perceber o bem que o exercício da leitura faz em nossas vidas. Tive a sorte de ter grandes professores também que deram toda a bagagem e incentivo nesta questão. Na faculdade, nosso professor de Literatura, abriu um mundo de opções e fez enxergar a beleza de nossos clássicos. O que falar de autores como Machado de Assis, Clarice Lispector, entre outros? Gênios. Não da pra viver sem leitura.
 
Profº Alexandre Sprioli.

A incrível aventura de ler!

Nascer: Vir ao mundo, à luz, começar a ter vida exterior. Começar a crescer, a desenvolver-se. Ter princípio ou origem. Principiar a aparecer, a manifestar-se, começar. Surgir. Descender. Derivar. Despertar. Ter aptidão. Comparo a leitura à vida: uma infinita constante que se modifica ao longo do percurso e que em cada caminhar há uma descoberta surpreendente. Ainda mais, porque meus espelhos foram meus pais... Lembro-me sempre de minha mãe com um livro nas mãos, lendo para si ou para mim... Já meu pai, que só tem até o 5º ano primário, por incrível que pareça, é um grande historiador, é uma espécie de "sabe tudo” dos livros de história – mundial e do Brasil. Vou tecendo e edificando saberes ao longo de minhas experiências com a leitura, na maioria das vezes, não conseguindo separar o ser humano que sou do livro, como me é veementemente recomendado. Dialogo com autores, pessoas e com a minha própria subjetividade. Digo subjetividade porque somos seres humanos em eterna construção. Por isso a leitura é tão importante para mim, é como renascer todas as vezes que tenho em mãos um livro... é algo que não se concluí... dessa forma, me identifiquei com o depoimento de Contardo Calligaris, principalmente quando diz que a Literatura é “um meio de sonhar a própria liberdade”, uma liberdade que, muitas vezes, conseguimos apenas pelo livro. Finalizo meu depoimento com uma citação do próprio Contardo que me representa: “Na literatura, descobri que havia alhures e que só esses alhures podiam dar algum sentido ao lugar onde, por acaso, eu tinha nascido.”.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Recomendação de leitura!!!

Sou apaixonada por dança, tenho 32 anos e amo dar aula... acredito que tenha nascido para isso. Sou Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, meu sonho era ser bailarina, mas consegui me realizar de outra forma... vou postar um trecho que me fascina e deixar as referências!!! "No começo era o movimento. Não havia repouso porque não havia paragem do movimento. O repouso era apenas uma imagem demasiado vasta daquilo que se movia, uma imagem infinitamente fatigada que afrouxava o movimento. Crescia-se para repousar, misturavam-se os mapas, reunia-se o espaço, unificava-se o tempo num presente que parecia estar em toda a parte, para sempre, ao mesmo tempo. Era possível enfim olhar a si próprio numa imagem apaziguadora de si e do mundo." GIL, José. Movimento total: O corpo e a dança. São Paulo: Iluminuras, p.08, 2004.